Conciliação no TST avança e categoria decide suspender greve do SERPRO
Em assembleia realizada na tarde dessa terça-feira (27/10), após 21 dias de greve, os trabalhadores e trabalhadoras do SERPRO Pernambuco decidiram aprovar a proposta apresentada pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST) durante a Audiência de conciliação que aconteceu durante a manhã, em Brasília. Na assembleia, a categoria também aprovou a suspensão da greve e o imediato retorno ao trabalho, o que aconteceu a partir desta quarta-feira (28/10).
O dissídio coletivo foi instaurado pela Fenadados na última quinta-feira (22/10) e a primeira tentativa de conciliação entre as partes havia sido agendada para essa segunda-feira. A reunião foi presidida pelo vice-presidente do TST, ministro Ives Gandra. Confira o teor da proposta construída durante a reunião e aprovada nos estados:
– 7% de reajuste salarial a ser implementado integralmente na folha do mês de novembro/2015;
– Pagamento do retroativo em duas parcelas: dezembro/2015 e janeiro/2016;
– 10,92% de reajuste do tíquete alimentação;
– Concessão de uma cartela adicional de tiquete alimentação, com redução do percentual descontado segundo o nível salarial (checar tabela na Ata);
– Criação de comissão paritária para estudar a redução da jornada de trabalho;
– Manutenção das demais cláusulas do ACT;
– Compensação das horas não trabalhadas em 12 meses, podendo utilizar o banco de horas da Fenadados, licenças APPDs e afastamentos permitidos pelos TREs.
União e força de vontade
Tanto nos dias de greve, quanto nas paralisações realizadas anteriormente, os trabalhadores e trabalhadoras do SERPRO demonstraram unidade e força de vontade para atingir o principal objetivo, que era pressionar a empresa a apresentar uma proposta que atendesse à categoria.
Foram assembleias emocionantes, manifestações de cidadania, como um dia em alusão ao Outubro Rosa e muita criatividade para suportar o sol quente e o desconforto e levar o movimento adiante. Mas tudo isso valeu a pena, não só pela negociação, que avançou significativamente, mas principalmente porque mostrou a capacidade da categoria de se indignar, estar unida e lutar por um propósito maior. Outros desafios virão e cabe a nós repetir esse momento histórico. Valeu a força e firme na luta!