Em uma Assembleia grandiosa, trabalhadores de empresas privadas rejeitam contra-proposta patronal
Cerca de 160 trabalhadores de empresas privadas lotaram o auditório do SINDPD na noite desta quinta-feira (17/12) quando foi realizada Assembleia para avaliação da contra-proposta dos patrões, à pauta de reivindicações da Campanha Salarial 2015/2016.
O documento foi rejeitado por unânimidade pela categoria, que demonstrou indignação pela posição do patronato, que propôs um reajuste de 6% parcelado em duas vezes, sendo pagos 3% em janeiro e 3% em maio de 2016, sem retroativo. Achando pouco, eles ainda negaram praticamente todas as outras cláusulas, o que causou ainda mais revolta à categoria.
A avaliação do sindicato e dos trabalhadores é de que não se pode negar as dificuldades com a atual situação econômica do país, mas também não dá pra concordar que uma proposta como essa seja condizente com a realidade atual do mercado de TI no país e muito menos no estado de Pernambuco.
Segundo os últimos dados do Dieese, estima-se que em 2015 houve um crescimento do setor de aproximadamente 5% em comparação ao ano passado, movimentando US$ 165,6 bilhões e que deve fechar o ano como o sexto mais importante do mundo.
Encaminhamentos
Além de rejeitar a contra-proposta, a categoria decidiu ainda manter da proposta original da pauta de reivindicações 2015/2016 inicial e lutar para que ela seja atendida. No próximo dia 28 de dezembro será realizada uma nova Assembleia (em local a ser definido) para avaliação de uma nova proposta, caso seja apresentada e para a definição dos próximos passos da Campanha, inclusive a discussão da possibilidade de greve por tempo indeterminado, caso as negociações não avancem.
A diretoria do SINDPD/PE já informou ao sindicato patronal a decisão da Assembleia. Confira aqui o teor do ofício.
O sentimento dos trabalhadores das empresas privadas neste momento é de que sem luta, a campanha não avança. Portanto, como diz a canção: “vem, vamos embora, que esperar não é saber. Quem sabe faz a hora, não espera acontecer”…
Essa luta é de todos nós. Vamos reforçar a campanha e cobrar dos patrões o respeito à nossa força de trabalho e às nossas reivindicações!
#SalárioNãoSeArrochaSalárioSeValoriza