Centrais Sindicais se unem para protestar contra a retirada de direitos e pela manutenção do emprego
Hoje 16 de agosto de 2016, estaremos cumprindo mais uma etapa na luta pela manutenção de direitos e contra o retrocesso apontado pela pauta conservadora do Congresso Nacional e deste Governo Interino. A CUT e demais centrais sindicais convocam todos a participar do ATO em defesa do emprego e garantia dos direitos logo mais, às 17 horas, na pracinha do Diário.
Mudanças que trazem retrocesso de direitos e conquistas nunca são bem aceitas, isso é fato! A questão é sabermos até que ponto essas medidas nos afetam diretamente, causando impacto em nossas vidas. O que os trabalhadores de TI perdem com tudo isso? Pelo que vem sido dito pelos Ministros e pelo Presidente interino e alimentado com veemência pela mídia e pelos empresários, fica claro que as intenções são as piores possíveis. Além da ameaça de desemprego e drástico achatamento dos salários, estão acenando com aumento da jornada de trabalho; fim do saque do FGTS; flexibilização de férias; fim do décimo terceiro salário; aumento da idade mínima para aposentadoria; terceirização da atividade fim no setor público e por mais absurdo que pareça, pretendem eliminar ou reduzir o intervalo de almoço.
Ou seja, se depender da mentalidade atrasada de alguns empresários e do governo interino, o mundo do trabalho no Brasil vai retroagir à era medieval ou aos primórdios da era industrial, transformando a classe trabalhadora em semiescravidão.
No âmbito da categoria de TI, mais especificamente nas empresas SERPRO e DATAPREV, enquanto não chegam as famigeradas reformas trabalhista e da previdência, paira ainda, para se somar a esse quadro de instabilidade, o fantasma da fusão das duas empresas, o que na prática representará a perda de emprego e de direitos, além de preparar o caminho pra a privatização.
Temos BB Tecnologia (COBRA), empresa pública que presta serviços para o Banco do Brasil, que está na reta da privatização, assim como a CEF, Banco do Nordeste e outros bancos públicos. A Cobra sofre grande ameaça de esvaziamento (demissões) para abrir caminho para a privatização, já que o BB, pra quem a Cobra presta serviço, está seguindo para esse fim.
Já na ATI e na EMPREL a situação é complexa com o PLC 257/2016 (projeto de lei complementar que altera entre outras coisas a Lei de Responsabilidade Fiscal) e a PEC 241/16 (projeto de emenda à Constituição que congela investimento em 20 anos). Estes vem para implementar corte de despesa e congelamento de gastos com o serviço público, sendo prioridade na agenda dos parlamentares.
Mais de 50 projetos circulam no Congresso Nacional vão afetar diretamente os direitos adquiridos ao longo de muita luta. Hoje estamos a beira do extrapolar o limite prudencial, tanto o Estado de Pernambuco, quanto na Prefeitura do Recife, com a aprovação do PLP 257 isso irá ocorrer, pois será incluído no cálculo os gastos com pessoal as despesas com a terceirização. Já a PEC 241 define regras de ajustes fiscais para garantir que estados e municípios possam renegociar as dívidas, para isso a despesa com pessoal é o principal alvo nos ajustes.
Por tudo isso, está mais de que na hora dos trabalhadores de TI se integrarem às atividades convocadas pelo sindicato, que são parte da agenda de mobilização montada pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) e demais centrais. Não podemos ficar assistindo a tudo atônitos e calados, aguardando passivamente que nossos direitos históricos sejam usurpados. A hora é de unir forças e buscar na mobilização a garantia de nossas conquistas.
Quem sabe faz a hora, não espera acontecer!
Dia 16 (terça-feira) 17 horas todos e todas na Pracinha do Diário
Vamos nos preparar para a greve geral!