1º de Dezembro – Dia de lutar contra a AIDS
Hoje, dia 1º de dezembro é lembrado em todo o mundo como Dia Mundial de Luta Contra a Aids. Em Pernambuco, várias atividades estão acontecendo para registrar a data e reforçar a importância de prevenir a doença e de lutar para melhorar a qualidade de vida das pessoas que vivem e convivem com o HIV/Aids. Logo pela manhã, no plenário da Assembleia Legislativa, foi realizado um Grande Expediente Especial, em que se discutiu a situação das pessoas vivendo com HIV/Aids.
No mundo, neste 1º de dezembro, Dia Mundial de Luta contra a AIDS, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, pediu renovado compromisso global para o combate à doença, assim como um “espírito intransigente” para colocar fim à epidemia até 2030. “Desde a emergência da AIDS, há 35 anos, a comunidade internacional pode olhar para trás com algum orgulho, mas ainda é preciso mirar adiante com determinação e comprometimento para alcançar nosso objetivo de acabar com a epidemia até 2030”, disse Ban em comunicado para a data.
O secretário-geral reconheceu os progressos da luta contra a doença: o acesso a medicamentos dobrou nos últimos cinco anos e agora chega a 18 milhões de pessoas. Desde 2010, o número de crianças infectadas pela transmissão de mãe para filho diminuiu à metade, enquanto pessoas com HIV vivem mais e a cada ano há menos mortes por doenças relacionadas à AIDS.
Segundo Ban, com os investimentos certos, o mundo pode entrar para a Via Rápida (Fast-Track) de Aceleração da Resposta para alcançar o objetivo de 30 milhões de pessoas em tratamento até 2030. De acordo com ele, o acesso aos medicamentos contra o HIV para prevenir a transmissão de mãe para filho já está disponível para 75% das mulheres necessitadas. “Enquanto este progresso é claro, os ganhos permanecem frágeis. As jovens mulheres são especialmente vulneráveis em países com alta prevalência do HIV, especialmente na África subsaariana”, declarou.
“Populações-chave continuam sendo desproporcionalmente afetadas pelo vírus. Novas infecções estão crescendo entre pessoas que usam drogas injetáveis, assim como entre homens gays e homens que fazem sexo com homens. A epidemia de AIDS está crescendo no Leste Europeu e na Ásia Central, alimentada por estigma, discriminação e leis punitivas.”
Ban lembrou que, globalmente, os mais pobres têm menos acesso a serviços e cuidados. Nesse cenário, mulheres e meninas são mais atingidas. “A Agenda 2030 para Desenvolvimento Sustentável foi adotada com a promessa de não deixar ninguém para trás. Em nenhum outro contexto isso é mais importante do que na resposta à AIDS”, declarou. “Apoiar as pessoas jovens, vulneráveis e marginalizadas mudará o curso da epidemia”, completou.
Retrocesso
Enquanto o mundo destaca a necessidade de erradicar a AIDS e organismos como a ONU se preocupam com o tema, neste momento o Brasil sofre um retrocesso absurdo. Com a aprovação da PEC 55 no Senado em primeira votação nessa quarta-feira (30), foi dado mais um passo atrás nos investimentos com saúde no país, que ficarão congelados por 20 anos, o que certamente irá afetar as políticas de combate á proliferação da AIDS que estavam em curso no país.
Imagem: site da ONU