Plenária2017 – Delegados participam de painéis de formação no 1º dia de programação
Começou nessa segunda-feira (6/3), a Plenária Nacional de Campanha Salarial 2017/2018. Participam do evento delegados eleitos pelos trabalhadores do Serpro, Dataprev, Unisys Brasil, Cobra Tecnologia e de empresas particulares, estaduais e municipais de TI. O evento ocorre no Hotel Fazenda Águas Emendadas, em Brasília (DF) até o dia 8 deste mês.
Pela manhã, os delegados e delegadas debateram e votaram o Regimento Interno. Após o almoço, assistiram aos painéis de conjuntura política e econômica. O cenário político nacional e internacional foi tratado pelos painelistas Luís Garcia Lima, da CUT/RJ; Vera Level, da CUT/PB; Rosane Cordeiro e Admirson Medeiros (Greg), diretores da Fenadados; e Luís Carlos França, do Sindados/BA.
Entre as questões discutidas, os palestrantes falaram sobre o impeachment, o conservadorismo do Congresso Nacional e a tentativa de retirar direitos trabalhistas já consolidados, o desemprego crescente, Operação Lava-Jato e Eleições 2018.
Economia
Max Leno de Almeida, supervisor técnico do Dieese, tratou do panorama econômico do Brasil. De acordo com o especialista, a expectativa é que o PIB do Brasil cresça 0,48%. A projeção da inflação de maio/16 a abril/17 é de 4,74%. “A atividade industrial desacelerou, inclusive não estamos usando toda a nossa capacidade instalada. O volume de vendas no comércio varejista também despencou”, comentou.
Apesar de vários setores da economia estarem com o pé no freio, Max Leno mostrou que o segmento de TI tem melhores perspectivas este ano. Segundo dados da consultoria IDC Brasil, o setor no Brasil terá um crescimento de 5,7%. As oportunidades estarão no campo de segurança, Internet das Coisas – este mercado deve dobrar até o final da década -, Computação em Nuvem e comercialização de smartphones. “O mercado de Cloud pública deve crescer 20% em 2017, atingindo US$ 890 milhões. Agora, a comercialização de smartphones representará muitas oportunidades para o setor. Prevê-se um crescimento de 3,5% na venda de aparelhos, uma vez que as pessoas trocam de aparelho, em média, a cada dois anos. Quase 40% dos aparelhos ativos foram adquiridos antes de 2015”, destacou.
Em 2015, o mercado de TI (hardware, software e serviços) movimentou US$ 60 bilhões, o equivalente a 3,3% do PIB brasileiro e 2,7% do total de investimentos de TI no mundo. Do total de US$ 60 bilho?es, software respondeu por US$ 12,3 bilhões; e servic?os, US$ 13,3 bilhões, as duas categorias juntas correspondem a 44,3% do total. A utilizac?a?o de software desenvolvido no pai?s (inclusive software por encomenda) representou 31,1% do investimento em programas de computador no Brasil, reforc?ando tende?ncia apontada desde 2004.?