Desmonte de direitos atingirá todos os trabalhadores brasileiros. É hora de reagir!
As conquistas garantidas pela classe trabalhadora nos últimos anos vem sofrendo sérios ataques pelo atual governo, resultando em um verdadeiro desmonte. Estas ações nefastas emergem de vários lados, aumentando cada vez mais a necessidade de reação da classe trabalhadora brasileira, sob pena de que conquistas históricas como o FGTS, 13º salário e férias deixem de ser direitos, ficando à mercê da vontade dos patrões, sejam eles públicos, ou privados.
No último dia 22 de março um novo golpe foi dado, com a aprovação pela Câmara Federal do PL 4302, que permite a terceirização das atividades-fim, essência de qualquer empresa. E o que significa isso na prática? Com a terceirização irrestrita, as empresas poderão terceirizar qualquer atividade, como por exemplo: contratar professores terceirizados e no caso do serviço público, todas as funções, com exceção de carreiras de Estado, como juízes, promotores, procuradores e auditores. Trazendo para a realidade de TI, a qualquer momento um trabalhador poderá ser demitido e substituído por alguém que desempenhe a mesma função a um custo menor, como analistas e desenvolvedores. Se a rotatividade no emprego e a falta de estabilidade já eram uma realidade das empresas de TI particulares, imaginem como ficará daqui pra frente? Mas, ao contrário do que algumas pessoas ainda pensam, trabalhadores/as do SERPRO, Dataprev, ATI, BB Tecnologia e EMPREL também serão afetadas por essa medida. Além da instabilidade, a redução dos salários é uma dura realidade para os trabalhadores terceirizados. Com dados de 2013, técnicos do DIEESE mostraram que os terceirizados recebem salários 24,7% menores do que os efetivos e permanecem no emprego pela metade do tempo, além de enfrentar jornadas maiores. A conta do governo golpista é menos renda e menos direitos para os mais vulneráveis!
Além desse ataque, ainda temos pela frente lutas que já estão em curso contra as reformas da previdência e trabalhista. No último dia 15 de março, milhares de trabalhadores foram às ruas em todo o Brasil dizer não a essas reformas. Dizer não a aposentaria para mulheres e homens com a mesma idade e apenas aos 65 anos; dizer não ao aumento da contribuição contínua à previdência de 15 para 25 anos; dizer não ao pagamento da previdência pelos trabalhadores rurais; dizer não à flexibilização de todos os direitos previstos na CLT, entre outros.
Diante deste cenário, os trabalhadores e trabalhadoras de TI não podem aceitar inertes a esse golpe! É preciso discutir formas de reação e se unir aos demais trabalhadores/as brasileiros/as nessa luta, que não é só de uma categoria específica, mas de todos nós e irá penalizar gerações futuras, como nossos filhos e filhas, que jamais terão direito à aposentadoria e irão conviver com uma relação de trabalho desleal e desrespeitosa.
Nesta sexta-feira (31/3), será realizado um Ato Público contra a terceirização e as reformas da previdência e trabalhista, às 15h, na Praça da Independência (Diario). Esta será uma atividade em preparação à greve geral nacional, com data marcada pelas centrais sindicais para o dia 28 de abril. Ou paramos agora, ou vamos perder direitos conquistados com muita luta!
Neste momento, mais do que nunca, é fundamental a presença de tod@s.
Essa não é uma luta isolada. Participe!