O SINDPD-PE quer saber como está a vida profissional e as atribuições das trabalhadoras de TI na pandemia
O novo coronavírus alterou a dinâmica social e econômica no mundo. Cada país adotou medidas variadas de prevenção e combate à pandemia e infelizmente alguns, como o Brasil, optaram por vulnerabilizar ainda mais a classe trabalhadora, com retirada de direitos e corte de postos de trabalho e renda.
No Brasil, as MPs 927 e 936, determinaram medidas que permitiram novos arranjos produtivos, como o trabalho em home office e o afastamento imediato de algumas/alguns trabalhadoras/trabalhadores que estão em grupo de risco. Neles, no entanto, não estão as trabalhadoras grávidas. Mesmo saudáveis, estas mulheres estão em um momento atípico de suas vidas, pois além de portar outro ser, ainda convivem com várias alterações fisiológicas e psicológicas. Por tudo isso, precisam de maior garantia dos seus direitos e renda. A MP 936, no entanto, permite que essas trabalhadoras tenham reduzidas suas jornadas de trabalho e salários e a suspensão do contrato de trabalho. Ambas as possibilidades repercutirão na sua licença-maternidade, diminuindo o valor desse auxílio.
Além disso, com o trabalho em home office e com o isolamento social, é notório o aumento da sobrecarga de trabalho sobre as mulheres, com os afazeres domésticos; cuidados com as crianças – educação, atividades escolares e atividades recreativas; cuidado com pessoas idosas, muitas vezes desempenhando o papel de cuidadoras de pais, mães, sogra, sogro, entre outros. Também a violência doméstica e o feminicídio aumentaram bastante nesse período. Tudo isso,consequência do machismo arraigado em nossa cultura, que não abre espaço para que haja uma justa divisão do trabalho doméstico e de cuidados.
Dentro desse contexto, como forma de detectar como está o cenário na nossa base de empresas particulares, elaboramos essa Enquete, direcionada às trabalhadoras de TI. A intenção do SINDPD é ter um quadro mais real de como está a situação desse segmento nesse período e a partir desses dados, buscar alternativas que melhorem as condições de trabalho e renda das mulheres da nossa categoria.
Acesse aqui a Enquete e Participe!