Conquista do voto feminino é celebrada nesta quarta, 24
Registrar o voto na urna e por sua vez, contribuir para a construção das políticas que você quer ver implantadas no seu país, estado e município é muitas vezes visto como um ato negativo. Assim como os homens, muitas mulheres relutam em sair de casa para votar e o fazem apenas porque no Brasil o voto é obrigatório e prevê penalidades para o que, na verdade, é um ato de cidadania.
As mulheres, especificamente, não imaginam o quanto são recentes algumas das conquistas para o gênero feminino do ponto de vista histórico. Há apenas 89 anos, as mulheres nem sequer participavam da vida política do país, uma vez que eram proibidas de votar.
Em 24 de fevereiro de 1932, o Código Eleitoral passou a assegurar o voto feminino, mas com restrições. Votavam as mulheres casadas, com autorização dos maridos, e as viúvas com renda própria. Essas limitações só deixaram de existir em 1934, quando o voto feminino passou a ser previsto na Constituição Federal.
E esse cenário não é exclusividade do Brasil. Na França, o voto feminino foi instituído em 1944 e na Suiça, em 1971. No Brasil, a luta das mulheres por esse direito aconteceu pelo menos desde 1891, quando essa prerrogativa foi apresentada como emenda à Constituição, mas foi rejeitada. O Dia da Conquista do Voto Feminino no Brasil passou a ser comemorado a partir de 2015, com a promulgação da Lei nº 13.086.
Luta contínua
Apesar dos avanços, a luta das mulheres por igualdade de direitos ainda é atual e se reflete nos espaços de poder, onde os homens ainda ocupam a maioria absoluta dos cargos. Atualmente as mulheres são a maioria do eleitorado brasileiro. Em 2018, 52, 54% estavam aptas a votar, ficando o eleitorado masculino com 47,42%. Mesmo com esses números, as mulheres continuam com baixa representação em cargos do Executivo e no legislativo.
A conquista do voto feminino é lembrado todos os anos pelas entidades que atuam na defesa dos direitos da mulher, por representar um marco histórico. Para a CUT e seus sindicatos filiados a data é um momento de celebração, resgate e estímulo à luta por igualdade de gênero.
Fonte: com informações do tse.jus.br. Foto (TSE)