Pós-pandemia: 78% dos profissionais de TI preferem manter o home office
Por Tamires Ferreira, editado por André Lucena (Olhar Digital)
Uma pesquisa feita pela GeekHunter, plataforma de recrutamento de pessoas desenvolvedoras de Software e Data Science, mostrou que 78,27% dos profissionais que atuam na área de TI preferem manter o trabalho o remoto no pós-pandemia, ou seja, preferem manter o home office.
Na área da tecnologia, o modelo remoto é visto como uma solução para a escassez de mão de obra que o segmento vinha sofrendo há algum tempo. Com a pandemia, o home office, principalmente para a área de TI, se tornou uma tendência pela possibilidade de encontrar profissionais de qualidade em qualquer lugar, sem a burocracia da necessidade de checar distâncias.
“A contratação deixou de ser local e passou a ser global e o modelo remoto amplia as chances de encontrar bons profissionais independentemente do local de atuação. Por isso, vimos um intenso movimento das empresas na abertura de vagas nesta modalidade”, explicou o CEO e fundador da GeekHunter, Tomás Ferrari.
O estudo também apontou que, ao perceberem essa inclinação, empresas estão flexibilizando suas vagas e mantendo o trabalho remoto. Entre as companhias que já se decidiram com qual modelo irão trabalhar, 43,87% vão manter o home office; 17,83% irão apostar no modelo híbrido e 11,84% preferem retornar ao presencial. 21,45% ainda não decidiram qual modelo vão seguir.
“Hoje não é uma questão de escolha das empresas, é uma escolha dos candidatos, que estão abertos a oportunidades remotas. Se a empresa não se adapta a esse novo cenário, ela fica fora do radar, não consegue contratar e ainda fica extremamente limitada a um pequeno público que ainda está aberto para oportunidades presenciais”, acrescentou Ferrari.
Modelo híbrido como opção
O levantamento também mostrou que, no entanto, 19,36% preferem o modelo híbrido, com alguns dias da semana em casa e outros na empresa, e apenas 2,37% gostariam de retornar ao trabalho presencial. A pesquisa foi feita com 718 profissionais da base de candidatos da empresa.
Entre os 19,36% que escolheram o modelo híbrido para o pós-pandemia, as principais justificativas foram: flexibilidade (29,50%), não precisar se deslocar todos os dias (15,11%), se encontrar apenas para projetos importantes (3,60%) e todas as alternativas (48,92%).
Já o presencial foi escolhido por ser o único que separa o ambiente de trabalho com o doméstico (23,53%), proporciona maior contato com equipe do trabalho (17,65%), oferece maior suporte de outros departamentos da empresa (5,88%) e todas as alternativas (41,18%).
Home office = maior produtividade
A pesquisa observou também que, a produtividade dos profissionais com o home office aumentou. Segundo os dados, 66% dos participantes afirmaram que sua produção melhorou, contra 5,71% que acreditam ter diminuído a produtividade. Outros 24,23% disseram que não sentiram diferença.
“O trabalho remoto mudou completamente minha rotina, abrindo novas possibilidades e me deixando mais feliz. Agora consigo visitar minha namorada frequentemente, que mora em outra cidade, passar mais tempo com minha família e meus pets. Além disso, zerei o tempo que passava no trânsito e consigo praticar mais esportes ou algum jogo, tendo mais qualidade de vida”, comentou Pedro Bini, tech lead na GeekHunter.
“No início foram necessárias algumas adaptações, como diminuir as reuniões não produtivas, mas hoje somos tão produtivos, ou até mais, do que no trabalho presencial”, adicionou.
Dos participantes da pesquisa, 80% eram desenvolvedores e 14% são da área Data Science. A maioria dos profissionais eram de São Paulo (34,08%) e Santa Catarina (15,29%).