Cancelamento dos atos da Comissão do PPLR prova ilegalidades e mentiras do Serpro
No último dia 4 de fevereiro, a direção do SERPRO emitiu nota cancelando o processo de constituição da “Comissão Paritária” do PPLR e todos os efeitos dela decorrentes.
Ao afirmar em seu comunicado que o cancelamento foi motivado pela exclusão dos PSEs do processo que elegeu a comissão e manter a determinação de constituir uma nova comissão – em vez de retomar as negociações com as representações dos/as trabalhadores/as (Federação e Sindicatos) -, a direção do Serpro demonstra sua intransigência e persiste no caminho da ilegalidade.
Mas do que insistir em um ato ilegal, a empresa mostra que mentiu para os/as trabalhadores/as ao afirmar anteriormente que se não fosse aprovada uma proposta de distribuição dos lucros até o final de 2021, a PLR não poderia ser paga em 2022. Se isso fosse verdade, ela não poderia formar agora uma nova comissão, como foi determinado pelo Presidente da empresa.
No meio de todo esse vexame, é importante ressaltar que, se por algum motivo a PLR dos trabalhadores do Serpro não vier a ser distribuída, a responsabilidade exclusiva será dos diretores da empresa. Isto porque, de forma autoritária e irresponsável, eles resolveram ignorar a decisão das assembleias realizadas em todo país, as quais, em sua quase totalidade, rejeitaram a proposta que o Serpro queria impor ao conjunto dos/as trabalhadores/as. Com a rejeição, a empresa resolveu romper de forma unilateral as negociações, apesar da Fenadados solicitar a continuidade do processo negocial.
Embora tenham ocorrido esses fatos lamentáveis, mais uma vez as representações dos/as trabalhadores/as reiteram sua disposição em retomar as negociações, bem como, garantir a lisura do processo e uma distribuição de lucros justa para todos/as.
Esperamos que desta vez a empresa respeite as representações sindicais e retome as negociações para que a proposta aprovada realmente atenda à categoria e não apenas à vontade da empresa.