Nota da CUT: 13 de Maio, da escravidão à falsa abolição
Secretaria de Combate ao Racismo da CUT Nacional denuncia os altíssimos índices de desemprego, trabalho precarizado que atingem a população negra e a permanência do trabalho análogo à escravidão
A Secretaria de Combate ao Racismo da Central Única dos Trabalhadores (CUT) conclama todas e todos a aderirem à luta diária contra o racismo e o genocídio, e denuncia os altíssimos índices de desemprego e o trabalho precarizado que atingem mais a população negra do Brasil e a permanência do trabalho análogo à escravidão, resquício da escravatura no país.
Em nota encaminhada aos sindicatos filiados à Central, a secretaria lembra que nesta sexta-feira, 13 de Maio, o Brasil completa 134 anos da falsa abolição da escravatura no Brasil. Nenhum dirteito ou condições necessárias para reintegração social, econômica e política dos milhões de africanos arrancados do seu país natal para serem escravizados em um processo tortuoso e desumano foram assegurados no dia 13 de Maio de 1888, quando foi assinada a Lei Áurea, e, por meio de decreto, libertava os escravos no país.
Mais de um século depois, o combate à discriminação racial e a desigualdade trabalhista que afeta os negros e negras brasileiros continua sendo prioridades que estão na agenda de todos os movimentos populares e sindical que lutam para construir uma nação mais justa e inclusiva, onde todos tenham seus direitos alcançados e respeitados.
A Secretaria de Combate ao Racismo que sempre denunciou esta infeliz realidade como injusta e inadmissível, não pode deixar de aproveitar o próximo 13 de Maio para denunciar, mais uma vez, os descaminhos da abolição no Brasil.
Esperamos que os sindicatos e entidades CUTistas se juntem neste dia para lutar contra o preconceito, a discriminação racial e por uma nação onde todos sejam realmente respeitados e livres.
Agradecemos o envio de informações e fotos sobre os eventos realizados nesta data para sncr@cut.org.br.
Secretaria de Combate ao Racismo da CUT Nacional