Greve no Serpro está consolidada e ampliada
O aumento significativo de trabalhadore/as na sala de reunião virtual de hoje e de respostas na enquete formulada para acompanhamento da mobilização, mostra claramente que a greve no Serpro não só está consolidada, como foi ampliada. Esse quadro demonstra a força dos/as trabalhadores/as e de suas representações, frente ao descaso, ou no mínimo, falta de empenho da empresa para levar as negociações a bom termo.
Numa campanha salarial iniciada desde abril/2024 com a entrega da pauta, após 4 mesas de negociação a empresa afirmou ter chegado ao seu limite e pediu a mediação do TST, sem ter atendido questões fundamentais pleiteadas pelos/as trabalhadores/as, tais como: reajuste de 20% do tíquete alimentação; aumento da participação da empresa para 70% no custeio do plano de saúde; exclusão do Acordo Coletivo de Trabalho da Cláusula que trata dos Planos de Demissão Voluntária; retorno do anuênio e da licença prêmio para todos os trabalhadores e garantia da manutenção do Trabalho Remoto e seu aperfeiçoamento via Acordo Coletivo de Trabalho.
Em continuidade à greve iniciada no dia de ontem (27/08), foi realizada na manhã de hoje (28/08) uma reunião virtual, de âmbito nacional, onde foi apresentada a proposta feita pelo Ministro do TST na mediação ocorrida ontem, a qual prevê: reajuste das cláusulas econômicas pelo INPC acrescido de 1%; manutenção da cláusula do Adicional Por Tempo de Serviço; alteração da cláusula 29a. do ACT de forma a garantir a permanência das ações trabalhistas já distribuídas no tribunal, para quem aderir a um PDV/APA; criação de um grupo de trabalho para estudo do plano de saúde em 60 (sessenta) dias e suspensão imediata da greve.
Sem desmerecer o esforço do Ministro mediador e de sua equipe na elaboração da proposta, a representação dos trabalhadores entende que ela não atende às expectativas dos/as trabalhadores e avalia que o encerramento da greve neste momento seria prejudicial para eles/as, uma vez que a greve é o instrumento mais eficaz que podem usar num momento de impasse de uma campanha salarial, como ocorre agora.
Se empresa transfere sua responsabilidade negocial para a SEST e serve-se de uma mera resolução governamental, tipo CGPAR52, para dizer que não tem como melhorar sua proposta, não serão os trabalhadores que irão abdicar do seu direito de lutar, sem que haja nenhuma garantia de que a empresa apresentará alguma novidade boa, ou sequer aceitará a proposta feita pelo juiz, na mediação do TST.
Amanhã às nove horas será realizada a assembleia de Pernambuco e o indicativo que o SINDPD-PE levará para apreciação dos/as trabalhadores/as é de rejeição da proposta do TST, manutenção e fortalecimento do movimento paredista, enquanto aguardamos a próxima reunião de mediação da próxima segunda-feira (02/09).
Juntos/as somos mais fortes!