Trabalhadores/as do SERPRO aprovam proposta oriunda da mediação no TST

Na maioria das assembleias realizadas nos estados desde o dia 26/8, foi aprovada a proposta apresentada pelo Ministério Público do Trabalho (MPT), na última reunião de mediação ocorrida no TST.
Em síntese, serão renovadas por dois anos as cláusulas do acordo vigente, aplicando-se o reajuste do INPC + 1% de ganho real nas cláusulas econômicas em 2025 e 2026, e foi aberta a possibilidade de venda dos 30 dias de licença-prêmio, para quem cumpriu os requisitos para aquisição dessa licença. Ainda que não tenhamos conseguido inserir o aumento da participação da empresa no plano de saúde no acordo coletivo, a mobilização e as estratégias usadas na campanha levaram a empresa a aumentar a sua parte no custeio.
Em Pernambuco a assembleia foi realizada no dia de ontem (27/8) e contou com uma boa participação. Na ocasião a direção do sindicato apresentou uma retrospectiva da Campanha desse ano, incluindo alguns elementos do cenário em que ela se deu, tirou dúvidas sobre a proposta e debateu com a categoria. Em seguida aconteceu a votação da mesma, que contou com o seguinte resultado: aprovação – 53%; Rejeição – 39% e Abstenção – 8%.
Diante do contexto em que se deu a campanha, com uma direção do SERPRO tão intransigente como a atual; as amarras da legislação e órgãos governamentais e as debilidades ainda vividas por todo o movimento sindical, inclusive o nosso, após os ataques sofridos via reformas neoliberais e questões específicas de cada um, o desfecho foi muito aquém do ideal, porém positivo e dentro do possível, se comparado com as demais empresas estatais.
Nossa luta não termina aqui. Enquanto vivermos num mundo dominado por uma minoria detentora do capital e da tecnologia, que usa tal poder contra os trabalhadores, sempre haverá bandeiras de lutas a serem erguidas.
A próxima campanha salarial será em 2027. Até lá, da parte do movimento sindical, é preciso refletir e implementar ajustes que possam melhorar a ação e organização em todas as trincheiras. Da parte dos/as trabalhadores/as, é importante também uma reflexão sobre como ampliar e qualificar ainda mais sua participação, sem que os objetivos imediatos e individualistas se sobreponham aos coletivos.