Mulheres CUTistas vão às ruas pelo fim da violência e contra a retirada de direitos
Para marcar o Dia Internacional de Luta da Mulher Trabalhadora, a Central Única dos Trabalhadores de Pernambuco (CUT-PE) e os movimentos sociais, realizarão, nesta sexta-feira, dia 6, um ato unificado contra o machismo, violência e a mortalidade materna. Também está na pauta a luta pela reforma política e a revogação das medidas provisórias 664 e 665, que restringem acesso a direitos como pensão e seguro-desemprego.
Em Pernambuco, o ato acontecerá em frente ao Parque 13 de maio, em Santo Amaro, a partir das 14h. Em seguida, haverá caminhada pelas ruas do Recife, com encerramento na Praça do Derby. A ação está sendo convocada pela secretaria estadual da Mulher Trabalhadora da CUT, através da dirigente Madalena Silva. Haverá distribuição de panfletos informativos e exposição de cartazes.
“Um diálogo será construído com a sociedade, em dois eixos: na violência contra à mulher e no acesso digno à saúde materna. Todos podem participar: mulheres e homens”, informa Madalena Silva.
Dia Internacional de Luta da Mulher Trabalhadora
Há pouco mais de cem anos, em 1910, na II Conferência de Mulheres Socialistas, organizada pela II Internacional, foi criado o dia 8 de março – Dia Internacional de Luta das Mulheres. O objetivo era denunciar a situação a que as trabalhadoras estavam submetidas, com longas jornadas, péssimas condições de trabalho, baixos salários e sem direitos democráticos. E, ao mesmo tempo, homenagear, unificar e fortalecer as lutas que elas travaram ao longo dos séculos.
O fato gerador da data é controverso. A versão mais comum é que foi em homenagem a 129 mulheres que morreram queimadas em uma fábrica, em Nova Iorque, em 1857, por fazerem greve. Outra versão é de que foi em referência às inúmeras greves que ocorreram entre 1900-1910, nas quais as mulheres participaram massivamente. Mas, em uma coisa todo mundo concorda: foi uma data que nasceu da luta por direitos.